O NanoBioss (Laboratório de Síntese de Nanoestruturas e Interação com Biossistemas) do SisNano (Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia) do MCTI&C, sediado no Instituto de Química da Unicamp, tem uma forte atividade na área de estudos básicos e aplicações de nanopartículas de prata (AgNPs).

Vale lembrar que as AgNPs são, das nanopartículas, aquelas mais usadas em diferentes tipos de produtos segundo o Project on Emerging Nanotechnologies, conduzido pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars (EUA).

Visando compartilhar informações, trocar experiências e, sobretudo, reunir uma parte importante da comunidade relacionada com a plataforma AgNPs, foi realizado no Instituto de Química da Unicamp o "Workshop sobre Nanopartículas de Prata e Suas Atividades Biológicas". O evento foi coordenado pelos Profs. Nelson Duran (vice-coordenador do NanoBioss), Wagner J. Fávaro (pesquisador principal do NanoBioss) e Oswaldo L. Alves (coordenador do NanoBioss).

Foram tratados os seguintes tópicos associados com as AgNPs: síntese, biossíntese (biogênicas), antibacterianos, anticâncer, antiviral, antiparasitas, cicatrizantes, imunomoduladores, toxicidade, entre outros.

A audiência, cerca de 40 pessoas, constituída de professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e graduação, tiveram a oportunidade de tomar contato com o "estado-da-arte" das pesquisas, envolvendo AgNPs, que estão sendo realizadas no país.

Foto dos participantes do "Workshop sobre Nanopartículas de Prata e Suas Atividades Biológicas", NanoBioss, Campinas, Unicamp 2017.

Créditos: NanoBioss

Dentre alguns pontos que ficaram em aberto nas discussões finais do evento, destacamos: questões relacionadas com a possibilidade das bactérias, virus, etc., desenvolverem resistência às AgNPs; necessidade do aumento de estudos dos mecanismos de ação das AgNPs frente à diferentes bactérias, especialmente, aquelas relacionadas com as infecções hospitalares; necessidade da realização de estudos relacionados com a genotoxicologia das AGNPs; uso de crio-microscopia para se ter estudos mais realísticos dos ambientes bacterianos e, finalmente, a realização de um maior número de estudos envolvendo AgNPs e a inibição da formação de biofilmes.

LQES News. Posted: junho 16, 2017 (OLA).

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