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NOVIDADES

Descobertas nanopartículas que atravessam o muco.

Para a realização de tal façanha os pesquisadores utilizaram como "carregador" para transportar os medicamentos até às células epiteliais que cobrem a mucosa respiratória nanopartículas biodegradáveis. Tais nanopartículas podem, de fato, atravessar o muco. Graça a esta novidade, será então possível tratar as síndromes relacionadas com a mucoviscidose e a asma, entre outras.

Contrariamente às nanopartículas "mucoadesivas" ou NMA usadas até agora, as nanopartículas carregadoras possuem novas propriedades que lhes permitem penetrar facilmente no organismo. Estas partículas de dimensão nanométrica podem reforçar a biodisponibilidade e reduzir a resistência, ou seja, podem passar através dos mucos que revestem os tecidos pulmonares.



Funcionando como um "carregador" para transportar dexametasona, antiinflamatório esteroidal, as nanopartículas desenvolvidas permitem aliviar inflamações pulmonares agudas.

Créditos: FZN


Estudos aprofundados

Em função de suas cargas positivas e à sua hidrofobicidade, as nanopartículas mucoadesivas podem interagir com as glicoproteínas carregadas negativamente e que são também hidrofóbicas. Por conseguinte, elas tem a capacidade de modificar as propriedades reológicas do muco.

O muco gasta, então, mais tempo para expulsar as nanopartículas, oferecendo às substâncias ativas mais tempo para tentar alcançar a mucosa respiratória. Infelizmente, as nanopartículas mucoadesivas não atingem as camadas mais superficiais do muco e são ejetadas do corpo em poucas dezenas de minutos.

Craig Schneider, juntamente com os colegas da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, decidiu fazer nanopartículas não mucoadesivas hidrofílicas usando cadeias de polietilenoglicol. Essas nanopartículas "mucopenetrantes" ou NMP oferecem uma melhor penetração e podem atingir as células epiteliais.


Experimentos bem sucedidos com ratos

Os pesquisadores usaram ratos para realizar suas experiências "in vivo". Eles demonstraram que os resultados do trabalho teórico datado de 2012 que indicavam que as nanopartículas mucopenetrantes não estavam adaptadas ao trato respiratório , não eram conclusivos.

Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que, além de alcançar rapidamente os brônquios, as nanopartículas mucopenetrantes se espalham mais uniformemente nos tecidos e resistem mais tempo do que as nanopartículas mucoadesivas.

FZN. Posted: Set 10, 2017 (Tradução OLA).


Assuntos Conexos:
Preservativo feminino feito de nanopartículas.


Nota do Scientific Editor: O artigo que deu origem a esta notícia de titulo: "Nanoparticles that do not adhere to mucus provide uniform and long-lasting drug delivery to airways following inhalation", de autoria de Craig S. Schneider, Qingguo Xu, Nicholas J. Boylan, Jane Chisholm, Benjamin C. Tang, Benjamin S. Schuster, Andreas Henning, Laura M. Ensign, Ethan Lee, Pichet Adstamongkonkul, Brian W. Simons, Sho-Yu S. Wang, Xiaoqun Gong, Tao Yu Michael P. Boyle, Jung Soo Suk and Justin Hanes, foi publicado no periódico Science Advances, vol. 3, issue 4, e1601556, DOI: 10.1126/sciadv.1601556.



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