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NOVIDADES
O Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES) vem desenvolvendo, desde 2010, uma plataforma que visa o entendimento das interações do óxido de grafeno com biossistemas. As pesquisas começaram com a síntese controlada do óxido de grafeno decorado com nanopartículas de prata (GO@AgNP) [1,2].
Os desenvolvimentos no LQES avançaram na direção da síntese de nanocompósitos de GO@AgNP com polímeros (sistema ternário), tais como, o acetato de celulose [3,4]. A toxicidade destes nanocompósitos foram testadas frente a um grande número de bactérias gram positivas e gram negativas mostrando uma elevada ação antibacteriana [5,6]. Recentemente foi publicado (maio de 2019) na prestigiosa revista Nanotoxicology (IF: 5,8) o trabalho "In vitro immunotoxicological assessment of a potent microbicidal nanocomposite based on graphene oxide and silver nanoparticles", que destaca parte do trabalho da tese de doutoramento de Luis Augusto Visani de Luna, defendida em 2018, no Instituto de Biologia da Unicamp, que teve a supervisão de Oswaldo Luiz Alves (orientador) e Selma Giorgio (co-orientadora), respectivamente dos Institutos de Química e Biologia da Unicamp. Nesta publicação os autores tiveram como ponto focal conhecer o perfil toxicológico do nanocompósito GO@AgNP considerando a perspectiva de translação para seu uso médico dentro da abordagem Safe-by-design. A imunotoxicidade foi avaliada utilizando macrófagos murinos de linhagem (J774) e macrófagos primários obtidos do peritônio de camundongos BALB/c. Foram obtidos, através High-throughput technologies dados de viabilidade celular, apoptose/necrose, despolarização mitocondrial e peroxidação lipídica. A toxicidade do nanocompósito GO@AgNP foi mais elevada quando comparada com os nanomateriais pristinos entretanto, o nanocompósito apresentou características importantes para aplicações em nanomedicina, ou seja: as células foram capazes de internalizar o nanocompósito, e este não apresentou potencial inflamatório nas condições avaliadas. Finalmente, ao autores sugerem opções para melhoria do nanocompósito GO@AgNP de modo a minimizar eventuais resultados adversos à saúde humana.
As pesquisas envolvendo GO continuam em desenvolvimento no LQES com ênfase em funcionalizações avançadas no óxido de grafeno visando a obtenção de sistemas de drug-delivery para fármacos insolúveis [7].
[2] A.F. Faria, D.S.T. Martinez, S.M.M. Meira, A.C.M. Moraes, A. Brandelli, A.G. Souza Filho and O.L. Alves, Anti-adhesion and antibacterial activity of silver nanoparticles supported on graphene oxide sheets, Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, Vol. 113, 115-124 (2014). [3] A.C.M. de Moraes, B.A. Lima, A.F. de Faria, M. Brocchi and O.L. Alves, Graphene oxide-silver nanocomposite as a promising biocidal agent against methicillin-resistant Staphylococcus aureus, International Journal of Nanomedicine, Vol. 10, 6847—6861 (2015). [4] P.F. Andrade, A.F. de Faria, F.J. Quites, S.R. Oliveira, O.L. Alves, M.A.Z. Arruda and M.C. Gonçalves, Inhibition of bacterial adhesion on cellulose acetate membranes containing silver nanoparticles, Cellulose, Vol. 22 (6), 3895-3906 (2015). [5] L.A.V. de Luna, A.C.M. de Moraes, S.R. Consonni, C.D. Pereira, S. Cadore, S. Giorgio and O.L. Alves, Comparative in vitro toxicity of a graphene oxide-silver nanocomposite and the pristine counterparts toward macrophages, Journal of Nanobiotechnology, Vol. 14 (12) (2016). [6] A.F. de Faria, A.C.M. de Moraes, P.F. Andrade, D.S. Silva, M.C. Gonçalves and O.L. Alves, Cellulose acetate membrane embedded with graphene oxide-silver nanocomposite and its ability to suppress microbial proliferation, Cellulose, Vol. 24 (2), 781-796 (2017). [7] M. Sousa, L.A.V. Luna, L.C. Fonseca, S. Giorgio and O.L. Alves, Folic acid-functionalized graphene oxide nanocarrier: synthetic approaches, characterization, drug delivery study and anti-tumor screening, ACS Applied Nano Materials, Vol. 1 (2), 922-932 (2018). |
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