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Nanotecnologia das coisas é tema de conferência na 71.ª Reunião Anual da SBPC.

“Os grandes desafios para a área da nanotecnologia são os nanossistemas de nanossistemas, porque será preciso pensar em soluções muito diferentes por conta do aumento da complexidade. Será preciso conhecer e interagir com diferentes protagonistas”, disse Oswaldo Luiz Alves, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em sua conferência “Nanotecnologia das coisas”, proferida durante a 71.ª Reunião Anual da SBPC, realizada em Campo Grande. A nanotecnologia é uma grande plataforma de conhecimento científico-tecnológico, inovadora e multidisciplinar, que aportará cada vez mais ao desenvolvimento de novos produtos e soluções relevantes.



Palestra Nanotecnologia das Coisas - 71.a Reunião Anual da SBPC.

Créditos: SBPC


Ele disse que a nanotecnologia parece algo distante, mas que ela possui aplicações que facilitam o dia-a-dia e que já é utilizada em vários produtos. “A nanotecnologia está presente na produção de tecidos que não mancham; implantes na mão para a exibição de dados como glicemia, pressão, batimento cardíaco averiguados em tempo real; produção de materiais implantáveis bioabsorvíveis; pinturas automotivas que são autolimpantes; tintas antipichação; entre outros”, explica. Diante disso, há uma previsão  que  a nanotecnologia aplicada a à industria mundial poderá ultrapassar  US$ 1 trilhão para 2020. “A nanotecnologia está "contaminando" todos os setores industriais. Todas as áreas estão sendo impactadas”, ressalta.

Segundo Alves, existem várias terapias que estão sendo estudadas para o combate dos diferentes tipos de câncer. Muitas estão próximas de se tornar parte do arsenal disponível e poderão mostrar sua eficácia quando associadas a bons diagnósticos. Dentre alguns produtos, Alves citou o principal remédio para tratamento de câncer de mama, cuja tecnologia consiste no composto paclitaxel formulado como nanopartículas ligadas à albumina. Alves também mostrou exemplos de sistemas em desenvolvimento em seu laboratório, em Campinas, relacionados com ao "construção" de sistemas de nanopartículas com propriedades de drug delivery que permitem que substâncias anticancerígenas insolúveis aumentem sua chance de interagir com células cancerígenas.

Com informações do Jornal da Ciência. Posted: Agosto 15, 2019.



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