Laboratório de Química do Estado Sólido
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Nanoformulação : uma ferramenta com grande potencial para o "carreamento" de fármacos.

Um dos grandes desafios da aplicação das nanotecnologias, nas mais diferentes áreas, passa pela nanoformulação, sobretudo quando se utiliza, ao mesmo tempo, diversas nanopartículas com diferentes características e propriedades. Este aspecto já fora asssinalado por Michail Rocco, que denominava este desafio como "sistemas de nanossistemas".

O conhecimento dos diferentes aspectos deste problema que visita, concomitantemente, materiais nanoengenheirados, sistemas coloidais, fenômenos de superfície, afinidade química, efeitos corona protêicos, hemólise, entre outros, depende fortemente de um robusto e concertado uso de técnicas avançadas de caracterização de nanomateriais, dentre elas, microscoscopias eletrônicas de alta-resolução em diferentes modos, avaliação de métodos de interação de nanopartículas com biossistemas e o entendimento dos diferentes mecanismos envolvidos nestas interações.

Todos estes ingredientes fizeram parte da Tese de Doutoramento de Leandro Carneiro Fonseca defendida esta semana no IQ-Unicamp. Participaram da Banca os professores: Tereza da Silva Martins (Unifesp), Ruben Dario Sinisterra (UFMG), Juliano Alves Bonacin (Unicamp) e Pedro Paulo Corbi (Unicamp). A tese foi orientada pelo Prof. Oswaldo Luiz Alves.



Creditos: LCF/LQES


Neste estudo mostrou-se o desenvolvimento de técnicas de funcionalização e engenharia de nanopartículas de sílica nanoporosas (nanopartículas antagônicas: interior hidrofóbico e exterior hidrofílico), como também, a funcionalização do óxido de grafeno (GO) com estas nanopartículas. Tal sistema serviu de base para o "carreamento" da camptotecina (potente anticancerígeno insolúvel em meio aquoso).

A perspectiva de aplicação deste sistema aumentou muito após os testes de razão de hemólise (interação com células vermelhas do sangue) e os estudos de efeitos de corona protéica que revelaram baixíssimos índices nanotoxicológicos. Adicionalmente, os estudos de liberação controlada da camptotecina (192 horas), mostraram-se extremamente animadores, abrindo efetivamente possibilidades de utilização real destes sistemas, especialmente, pela indicação dos estudos in vitro que mostraram que podemos controlar a liberação (lenta ou rápida) do agente antitumoral.

É importante destacar o caráter interdisciplinar desta pesquisa que contou com a colaboração da equipe do Dr. Diego Martinez do LNNano/CNEPEM.

O presente estudo inaugura uma nova plataforma de trabalho do Laboratório de Química do Estado Sólido extensível a outros sistemas já em uso, tais como: antitumorais, antibacterianos, fármacos, corantes, pesticidas, entre outros. A idéia central da plataforma é converter substâncias biologicamente ativas pouco solúveis, pouco absorvíveis ou lábeis, através da nanoformulação, em sistemas realmente promissores. Parte destes resultados já foram objeto de depósito de patentes e estão sendo publicados em revistas de alto fator de impacto.

LQES NEWS - Ano XVIII – n.o 426, 15 de agosto de 2019 (OLA).



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