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Afinal, o café é bom para o cérebro ?

Mais os malefícios que os benefícios da ingestão de café já foram sobejamente "cantados" em prosa e verso. Seu consumo é um vício, o qual adquirimos e não conseguimos deixar, por mais que nos esforcemos? Com medo de possíveis conseqüências para nossa saúde, muitas vezes temos fugido do café cafeinado e nos refugiado no descafeinado, acreditando que, dos males, esse possa ser o menor? Vemos o café instantâneo com muitas restrições e procuramos não adquirir o hábito de ingeri-lo? Chega de culpa! Café cafeinado, descafeinado, filtrado ou instantâneo deixou de ser aquele perigoso "vilão", podendo vir a ser um saudável auxiliar da boa saúde.

Estudos realizados durante 10 anos com 676 homens, na faixa de 70 a 90 anos, oriundos da Finlândia, Itália e Holanda apontaram para os benefícios da ingestão do café, conseqüentemente, da cafeína, quimicamente falando a 1,3,7 trimetilxantina, que é uma substância de grande psicoatividade. Café e cafeína, em doses moderadas, não apresentam riscos.

Os efeitos do café não se mostraram benéficos apenas sobre o diabetes de tipo 2 (redução de 30 a 50% dos riscos), mas também sobre os neurônios. A cafeína contida no café age diretamente sobre o sistema nervoso central, aumentando as performances cognitivas.




Grãos de café.

Créditos: Connaisseurcafe


O consumo quotidiano de café pelos indivíduos participantes da amostra seguiu protocolos bem abrangentes. Dados como idade, nível de educação, consumo de álcool e de tabaco foram recolhidos, além de outros.

Os indivíduos foram submetidos anualmente ao teste MMSE (Mini Mental State Examination), o qual permitiu a avaliação das performances dos mesmos.


Resultados:

  • as funções cognitivas dos consumidores de café declinaram 1,2 pontos, contra 2,6 pontos dos não-consumidores;

  • o menor declínio cognitivo revelado foi o dos indivíduos que consumiam 3 xícaras de café por dia: 4,3 vezes menor quando comparado aos não-consumidores.


Os pesquisadores acreditam que tais efeitos possam ser creditados a ação da cafeína. Fixando-se sobre os receptores A2A da adenosina (nucleosídeo com potente ação vasodilatadora é uma substância produzida pelo cérebro), estimula a secreção do neurotransmissor acetilcolina ("relevante para a memória e funcionamento neuromuscular em nível periférico"), que age sobre as funções mnésicas controladas pelo hipocampo.

Além disso, o café possui magnésio e polifenóis, tendo propriedades antioxidantes in vivo e o ácido clorigênico, que pode ajudar a regular os níveis de glicose, retardando a absorção intestinal da mesma.

Muitas vezes, em dados momentos das atividades diárias, em que tudo parece meio emperrado, em que as idéias não fluem direito e o desânimo se abate sobre nós, nada paga a gostosa sensação de energia extra proporcionada por um bom cafezinho, ou até mesmo dois. E, quando em boa companhia, unem-se útil e agradável. Saboreemos esse prazer!

European Journal of Clinical Nutrition (www.nature.com/ejcn) (Tradução/Texto - MIA).


Nota do Managing Editor: o presente texto é baseado no artigo de autoria de B. M. van Gelder, B. Buijsse, M. Tijhuis, S. Kalmijn, S. Giampaoli, A. Nissinen, D. Kromhout, de título "Coffee consumption is inversely associated with cognitive decline in elderly European men: the FINE Study", publicado na revista European Journal of Clinical Nutrition, em 2006. A ilustração não consta da matéria original e foi obtida em www.google.com.


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