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Lúpus : resultados de testes clínicos são altamente promissores.

O lúpus eritematoso é uma doença auto-imune (o sistema imunológico, encarregado da defesa do organismo, perde a habilidade de diferenciar os antígenos - corpos estranhos -, e suas próprias células passam a atacar o organismo), crônica, de causa ainda desconhecida. De caráter sistêmico, afeta o organismo em seu todo.

Trata-se de uma doença que atinge principalmente mulheres, na faixa de 15 a 50 anos, em cada cinco milhões de indivíduos no mundo. É uma doença invalidante, que ameaça a vida de pacientes em 5 a 10% dos casos.

Pode ser de origem genética, ambiental e imunológica, caracterizando-se por uma hiperatividade dos linfócitos B e a produção de auto-anticorpos que atuam em vários órgãos.

Por ocasião das crises, recorre-se aos tratamentos atualmente disponíveis para promover um alívio dos sintomas, contudo, os mesmos não levam à cura da doença. Além do que, são tratamentos pesados, empíricos e que afetam o conjunto do sistema imunológico. Faz-se urgente o desenvolvimento de terapias específicas tendo como alvo unicamente as células atingidas.




Lúpus.

Créditos: VitalMedia



No Laboratório Imunológico e de Químicas Terapêuticas do CNRS (Conselho Nacional de Pesquisa Científica), de Estrasburgo, França, Sylviane Muller e seus colegas descobriram um peptídeo (substância com dois ou mais aminoácidos conjugados e com função específica no organismo) que protege os ratos do lúpus.

Trata-se de um peptídeo que também é reconhecido pelos linfócitos de pacientes portadores de lúpus, que produzem, então, moléculas antiinflamatórias. A descoberta foi objeto de uma solicitação de patente pelo CNRS, patente esta cuja licença foi cedida à empresa ImmuPharma.

Após a aquisição, em 2005, dos estudos de toxicologia, a ImmuPharma terminou, em outubro de 2006, os testes pré-clínicos da Fase I em indivíduos sadios, e da Fase II, em pacientes com lúpus. Nenhuma toxicidade nem qualquer efeito indesejável (colateral) foram observados tanto no animal quanto no homem.

Na quase totalidade dos pacientes tratados, observou-se uma diminuição de marcadores séricos da doença lúpica e uma melhora dos índices clínicos de severidade da doença. Tratam-se de resultados altamente encorajadores, após período tão curto.

A ImmunoPharma, no momento, vem trabalhando arduamente para a realização dos testes da Fase III.

CNRS (http://www2.cnrs.fr), consultado em 13 de janeiro de 2007 (Tradução - MIA).


Nota do Managing Editor: não obstante esta notícia ter sido divulgada no final de 2006, consideramos importante veiculá-la aqui, dado o grande número de perguntas dirigidas ao LQES Website sobre o assunto. A ilustração, obtida em www.google.com, não faz parte do material original.


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