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NOVIDADES
De olho no "desrespeito" da parte dos prions, no verdadeiro "pouco-caso" que fazem das diferentes condições a que são submetidos (aquecidos durante quatro, dez, vinte minutos que sejam, eles não amolecem; se congelados a 80 graus, "não estão nem aí!", podem ser mergulhados em soluções ácidas, alcalinas ou até mesmo em álcool puro, que saem com um ar refrescante - lembremo-nos de que certos prions são responsáveis pela doença da vaca-louca!), a bioquímica americana Susan Lindquist resolveu enfrentá-los. Sua proposta, à primeira vista, pode parecer i-nu-si-ta-da: construir com os prions a última etapa de miniaturização concebida pela nanoeletrônica, a da molécula. Observou que, para esse tipo de performance, nada mais indicados que os prions, pois estes têm a capacidade de se auto-agrupar numa espécie de filamento extremamente sólido e mais ou menos longo. Seria preciso ver, então, como ficam quanto ao transporte de corrente. Tudo bem, basta que se transforme o prion "natural", excelente isolante, em um prion depositado em ouro e prata, remarcável condutor. Agora, se você julga desconcertante a idéia de ter prions em seu computador, Susan Lindquist está aí para tranqüilizá-lo: muita calma, pois eles nada têm a ver com a temível doença da vaca-louca e de Creutzfeldt-Jakob. O responsável pela produção desses prions é o microorganismo Saccharomyces cerevisae, o popular fermento de padeiro. Garante ela que os mesmos "não são absolutamente infecciosos para o homem", daí "poderem ser manipulados com toda a segurança". Le Point (http://lepoint.fr). (Tradução/Texto - MIA) |
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