Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Bactérias transformadas em espaço de estocagem de memória genética.

Na Universidade de Keio (Japão), uma equipe do Instituto de Ciências da Vida desenvolveu um método para conservar informação várias centenas, e mesmo milhares de anos.

Os pesquisadores tiveram a idéia de utilizar a codificação DNA como suporte de informação. As bactérias, organismos unicelulares, se replicando freqüentemente, são as ferramentas escolhidas para perpetrar dados codificados geneticamente através de longos períodos.

Bacillus Subtilis, bactéria já bastante utilizada nas pesquisas científicas, foi a escolhida pelos pesquisadores. A escolha se deu também pela secreção protéica (para fabricar, por exemplo, os enzimas utilizados na alimentação). Essa bactéria-modelo é uma verdadeira ferramenta genética, facilmente manipulável, e um organismo muitíssimo antigo, capaz de sobreviver nas condições mais extremas.

Tais características permitiram à equipe transformar a bactéria em espaço de estocagem de memória genética por ocasião de um teste. Após a criação de um código permitindo traduzir uma frase em uma seqüência genética e vice-versa, os pesquisadores fabricaram a base química correspondendo à frase "E = MC2 1905!", depois implantaram essas últimas em uma bactéria Bacillus Subtilis, modificando geneticamente seu DNA. A leitura foi bem sucedida, comparando os genes da bactéria antes da modificação com a bactéria modificada. Os segmentos de DNA diferentes surgiram então, estando prontos para ser decifrados.





Bacillus Subtilis.

Créditos: Waterscan


A informação é duplicada em vários lugares na bactéria, a fim de evitar uma perda de dados por mutação dos genes. Os pesquisadores simularam no computador a evolução da informação inserida em uma bactéria através de várias gerações e concluíram que a utilização de replicação dos dados permite conservá-los vários séculos, malgrado as eventuais mutações.

Essa memória genética é, por conseguinte, um espaço de estocagem minúsculo, comparado aos cartões de memória e discos rígidos, permitindo conservar mais informações, de modo perene, ao longo dos séculos.

AFP, Fevrier 24, 2007 (Tradução - MIA).


Nota do Managing Editor: a ilustração apresentada não faz parte do texto original e foi obtida em www.google.com.


Veja mais:

Produção de energia elétrica diretamente de bactérias não é novo. Mas... com rendimento de 80%?!

Bactérias continuam "pondo as manguinhas de fora”: agora, produzem fios condutores!


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco