Quando se observa um pedaço de hidrato de metano a olho nu, a superfície deste último parece regular. Entretanto, observando-se o elemento mais de perto, percebe-se que seus cristais de gelo são organizados em "gaiolas", as quais aprisionam moléculas de metano.

Em comparação com as outras energias fósseis utilizadas pelo Homem, o metano, gás natural, libera menos dióxido de carbono, responsável em parte pela mudança climática, por unidade de energia gerada. Contudo, ele se dissipa na atmosfera.

Foi segundo essa óptica - transformar o CO₂ em energia fóssil menos agressiva para o meio ambiente -, que pesquisadores se lançaram no desenvolvimento de novos métodos para desenvolver uma extração de metano que o empobrecesse em carbono. Tim Collett, um dos protagonistas do estudo, afirma que "o metano armazenado no gelo que queima pode se constituir numa energia mais "tenra", contudo com tanta eficiência quanto outras energias renováveis".

O gelo que queima!

Créditos: MaxiSciences.

Um processo que permite extrair simultaneamente o metano e as reservas de CO₂ já fora testado em laboratório. O Departamento Americano da Energia (DOE) trabalhará, assim, em colaboração com uma empresa petrolífera baseada no Alaska, a fim de testar essa técnica e avaliar as possibilidades de sua generalização. Os Estados Unidos, o Canadá, o Japão, assim como a Coréia consideram, doravante, os hidratos de metano e seus componentes como uma nova fonte de energia.

MaxiSciences, abril de 2009 (Tradução - MIA).

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