|
NOVIDADES
Há alguns anos, laboratórios trabalham no desenvolvimento de retinas artificiais para restituir, mesmo que parcialmente, a visão a deficientes visuais. Os primeiros implantes tiveram lugar em 2002 fazendo uso de uma primeira geração de dispositivos. Uma segunda geração está em estudo em um hospital francês. O personagem de Steve Austin em O homem de três bilhões de dólares tornou-se um ícone popular e hoje em dia essa série de televisão, adaptada do célebre romance Cyborg, de Martin Caidin, talvez esteja prestes a se tornar mais do que ficção científica. Nos pacientes atingidos por degenerescência macular ligada à idade ou por retinite pigmentar (retinitis pigmentosa) só as células fotoreceptoras da retina são atingidas. Suas conexões nervosas e o nervo óptico continuam intactos e, por conseguinte, funcionais. A idéia é utilizar uma mini câmera sobre óculos para registrar uma imagem e transmiti-la por radio a uma pequenina placa equipada com uma rede de eletrodos implantados sobre a retina do paciente. Estimulando as conexões nervosas, uma visão aproximada poderá ser obtida, com imagens em preto e branco cuja resolução aumenta com o número de eletrodos presentes sobre a placa. Em 2002, o doutor Mark Humayun conseguiu implantar um primeiro dispositivo desse tipo e até 2004 seis pacientes atingidos pela retinitis pigmentosa, com idades de 56 a 77 anos, se beneficiaram dessa técnica, ainda rudimentar. O sucesso foi suficiente para que nascesse um projeto reagrupando laboratórios de pesquisa americanos, como os do Caltech e de Los Alamos, a fim de aperfeiçoar a técnica. Seu nome: Artificial Retina Project. Wolfgang Fink trabalha no Caltech em um programa destinado a melhorar as performances dos dispositivos Argus. Créditos: California Institute of Technology.
O dispositivo inicial, batizado como Argus I, deu lugar, no mesmo ano, a experiências com uma retina artificial contendo 60 eletrodos, a Argus II. Até o momento, 30 deficientes visuais, voluntariamente, se submeteram aos estudos, e isso não apenas nos Estados Unidos. Foram efetuados testes, por exemplo, no Centre Hospitalier National d'Ophtalmologie des Quinze-Vingts, em Paris. O olho biônico de Steve Austin antes da implantação. Créditos: Kenneth Johnson.
Futura-Sciences (Tradução - MIA). Assuntos Conexos: Olho eletrônico "empresta" visão a deficientes visuais. Chip "X-Tudo": para andar; para controlar a bexiga; para devolver a visão a deficientes visuais, etc, etc. |
© 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br
sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco