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Um adeusinho às pilhas alcalinas !

Hoje, as pilhas são um dos elementos indispensáveis em nosso quotidiano, embora, muitas vezes, não nos rendamos conta disso. Controles remotos, relógios, máquinas fotográficas digitais, MP3... Numerosos são os objetos dos quais somos consumidores entusiastas.

Ora, a utilização de pilhas não é um gesto anódino, inofensivo, insignificante para o ambiente. Segundo um relatório da ADEME (Agência Francesa para o Ambiente e o Controle da Energia), 70% das pilhas alcalinas acabam na natureza, no despejo ou incineradas, com os impactos que se imagina. Os metais contidos nestas (níquel, cádmio, mercúrio, chumbo, ferro, zinco, lítio) vão se tornar poluentes do ar, quando da incineração, da terra e dos lençóis freáticos, por infiltração, uma vez que terminam seus dias em um depósito ou na natureza.

Eis a importância de se agir de modo responsável: antes de jogar suas pilhas na lata de lixo, por que não levá-las a locais de coleta apropriados, quando você vai às compras? Uma obrigação regulamentada, que data de 2001, obriga todos os vendedores de pilhas a reciclá-las.





Pilhas recarregáveis: um carinho para o Planeta.

Créditos: ProjetDurable.



Há, ainda, um outro meio de fazer um gesto favorável ao ambiente: se libertar das pilhas alcalinas e usar acumuladores, também conhecidos como pilhas recarregáveis. Segundo um estudo realizado pela Uniross, as pilhas recarregáveis causam, de fato, 32 vezes menos impacto sobre o ambiente que as pilhas clássicas.


Ni-CD vs Ni-Mh

Há dois princípios tecnológicos de concepção de pilhas recarregáveis, atualmente: Ni-Cd e Ni-Mh.

Os acumuladores Ni-Cd (Níquel-Cádmio), são provavelmente os mais vendidos no mercado e os menos onerosos, mesmo que tendam a desaparecer cada vez mais em proveito dos Ni-Mh. Em compensação, possuem um forte efeito-memória: devem ser integralmente recarregados em cada ciclo de recarga, sob pena de perder a capacidade. Igualmente é preciso observar que a utilização do cádmio torna essas pilhas recarregáveis muito poluentes quando terminam na natureza.

Os acumuladores Ni-Mh (Níquel-Metal hidreto) são mais caros, mas bem menos poluentes, e seu efeito-memória é muito baixo. Em compensação, sua taxa de autodescarga é mais elevada.

Abaixo, um quadro recapitulativo, compreendendo as principais características dessas tecnologias:

Nome Voltagem Ciclos de descarga Descarga/mês
Ni-Cd 1,2 V 1500-2000 >20%
Ni-Mh 1,2 V 800-1000 >30%


É preciso observar, também, a emergência das tecnologias Ni-Zn (Níquel-Zinco) e Li-Íon (Lítio-Íon), que são ainda menos poluentes e de maior performance, mas bastante "confidenciais" no momento. Há, igualmente acumuladores de baixa autodescarga (FAD, ou Low Self Discharge, em inglês), que, como sublinha seu nome, têm uma carga de autodescarga muito baixa (~ 30%/ano). Tais pilhas recarregáveis são, portanto, ideais para uso ocasional, como nos telecomandos, por exemplo.


Da importância do carregador

As pilhas recarregáveis não possuem um carregamento ótimo, a não ser que lhes seja associado um carregador apropriado. Há vários tipos de carregadores:

  • "os carregadores básicos: não possuem detector de fim de carga. Para compensar isto, eles liberam somente uma fraca tensão às pilhas, ao preço de uma duração de carga mais longa (~20h), ou uma tensão um pouco mais alta, associada a um memorizador (relógio eletrônico), o que permite uma duração de carga menor (~10h). Os carregadores lentos não são práticos, sendo que aqueles que possuem um memorizador são perigosos, em relação às pilhas: colocando na carga um acumulador não inteiramente recarregável, arrisca-se a diminuir a capacidade deste, devido à sobrecarga. A maior parte dos carregadores encontrados no comércio é de carregadores com memorização.

  • os carregadores rápidos: mais onerosos que os carregadores básicos, possuem um detector de fim de carga, o que permite não sobrecarregar as pilhas. Pode-se, assim, aplicar às pilhas uma tensão bem mais elevada, sem risco de superaquecimento, e, portanto, de diminuir o tempo de carga à durações bem mais baixas (~2h).

  • os carregadores inteligentes: de todos, são os mais onerosos, mas igualmente os mais aperfeiçoados. O detector de fim de carga permite ao usuário escolher as tensões de carga, às vezes independentemente para cada acumulador inserido. Eles possuem igualmente funções anexas, como a possibilidade de recuperar pilhas recarregáveis danificadas, graças a um ciclo de carga/descarga otimizado.


Um gesto para o ambiente

A guisa de conclusão, convém lembrar que os acumuladores, não obstante suas qualidades, não são elementos eternos. No longo prazo, são mais econômicos, possuindo um impacto ecológico menor. Isso, no entanto, não exclui de forma alguma a necessidade de que sejam depositados em contêineres apropriados, uma vez chegado o fim de suas vidas. Os metais pesados contidos nestes, permanecem sempre perigosos para o ambiente.

Projet Durable (Tradução - MIA).


Assuntos Conexos:

Pilhas - Descarte.


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