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NOVIDADES
Esta descoberta, pioneira no mundo, poderá ser utilizada no tratamento de diferentes patologias que afetam a pele, em particular quando de testes e pesquisas em laboratório, sem precisar recorrer a cobaias. O trabalho foi realizado por Maria José Gimenez Rodriguez, do grupo de pesquisa de engenharia tissular do Departamento de Histologia da Universidade de Granada (Espanha) e dirigido pelos professores Miguel Alaminos Mingorance, Antonio Campos Munhoz e José Miguel Labrador Molina. Para isto, foi necessário selecionar células para a fabricação da pele artificial, depois analisar suas reações in vitro e, enfim, controlar a qualidade dos tecidos implantados em ratos de laboratório. Diversas técnicas microscópicas precisaram ser desenvolvidas, assim como técnicas de imunofluorescência, que lhes permitiu avaliar fatores tão importantes quanto a proliferação celular, a existência de modelos morfológicos de diferenciação, a expressão de citoqueratinas involucrinas e filagrinas, a angiogênese e a integração com tecidos do organismo receptor. A fim de levar a bom termo este estudo, os cientistas obtiveram pequenas amostras de pele humana obtidas de pacientes admitidos no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Virgem das Neves, de Granada, e que tinham dado seu consentimento. Para o desenvolvimento dos diferentes constituintes da pele humana artificial, a fibrina humana proveniente do plasma sanguíneo de doadores sadios foi utilizada. Em seguida, os pesquisadores acrescentaram o ácido tranexâmico (como agente antifibrinolítico), cloreto de cálcio, a fim de acelerar a coagulação da fibrina, e agarose 0,1%. Os fragmentos de pele recriados foram implantados nas costas de ratos para observar sua evolução e a fim de analisar os equivalentes cutâneos implantados com a ajuda da microscopia óptica e eletrônica de transmissão e de varredura e da imunofluorescência. A pele criada em laboratório mostrou níveis adequados de biocompatibilidade com o receptor e ausência de qualquer sinal de rejeição ou infecção. Além disso, todos os animais, sujeitos da experimentação, apresentaram o aparecimento de um tecido de granulação seis dias após a implantação; o que permitiu, a seguir, a cicatrização completa no vigésimo dia. Pele artificial. Créditos: MedTempus.
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