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NOVIDADES

Nanopartículas de prata : mais novidades !

Quando o pesquisador Adam Noble, da Universidade de Trent, Ontário, Canadá, buscava um meio de extrair nanopartículas de prata de águas servidas, não hesitou em ir a campo, ou seja, às estações de tratamento da província canadense. As nanopartículas de prata são tóxicas para o ecossistema, sendo também vendidas por preços elevados. As pesquisas de Adam Noble mostraram que essas partículas podiam ser extraídas de águas servidas graças à Euglena, um organismo unicelular que ele criou e cultivou na sauna de sua casa.

Ele afirma ter desenvolvido um protótipo capaz de filtrar e recuperar o precioso material, o que permitiria revendê-lo. "Observei que a alga chamada Euglena podia absorver a prata", explica o pesquisador. "Em seguida, bastaria extraí-la e, depois, destruir a bactéria para recuperar as nanopartículas de prata. Quando de nossos testes, recuperamos o equivalente a 4,2 milhões de dólares canadenses (seja: mais de 9 milhões de reais) em nanopartículas. Vamos agora realizar um estudo de mercado, para determinar se este projeto é realizável em maior escala."



Euglena: organismo unicelular que concentra nanopartículas de prata!

Créditos: InfoEscola.


Nanopartículas de prata para tratamento de tumores cancerígenos

No desenvolvimento de seus trabalhos de biorremediação, Noble tinha notado a presença de tumores cancerígenos em trutas, que pareciam ter sido causados por depósitos de nanopartículas de prata que estavam reunidas em suas guelras. Ele procurou, então, estabelecer uma ligação entre estes dois fatos, abordando suas pesquisas sob um novo ângulo, a fim de tentar criar nanopartículas de prata capazes de destruir os tumores cancerígenos, ao invés de provocá-los. "Estas partículas são tóxicas para o meio ambiente em seu conjunto", afirma Noble. "Mas modificando sua forma, seu tamanho e outras características, sua ação pode se tornar bem mais focada: eu poderia conceber nanopartículas que não poderiam ser absorvidas senão pelas células cancerosas. Por conseguinte, poderiam ser injetadas no sangue e iriam diretamente se acumular nos tumores." Em seu laboratório, o pesquisador realizou, com sucesso, a mesma experiência, com vários tipos de células, especialmente aquelas responsáveis por câncer de pele, do pulmão ou ainda do colo uterino.

Um dos elementos-chave deste processo é um "agente de recapeamento", espécie de revestimento sobre as partículas que as impede de agir até que ele se decomponha. É aí que reside a vulnerabilidade dos tumores cancerosos, que poder-se-iam comparar à Estrela da morte, de "Star Wars".

Os tumores possuem vasos sanguíneos permeáveis que facilitam a entrada das nanopartículas", explica Adam Noble. "A célula absorve a partícula, o "agente de recapeamento" se desagrega e libera os íons que destroem os tumores." Se ainda se está longe de eventuais testes clínicos com humanos, a história de Noble é um novo exemplo de como descobertas inesperadas podem ocorrer aos professores universitários quando da realização de suas pesquisas.

Techno-Science. Tradução - MIA.


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