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NOVIDADES
Professor de farmacologia da University of Britsh Columbia, Urs Hafeli é uma das maiores autoridades em terapias-alvo, que fazem uso de magnetismo para guiar os medicamentos no organismo. Não apenas tumores e úlceras podem ser tratados através desse processo, mas também um grande número de doenças. Microesferas magnéticas, cheias de medicamento ou de substâncias radioativas, percorrem o organismo até atingirem o alvo. As micropartículas são atraídas por ímãs aplicados no corpo do paciente, na região a ser medicada, podendo, aí, "distribuir" o medicamento de forma controlada. As microcápsulas imantadas, ao que tudo indica, são fortes candidatas a serem eleitas pela classe médica. Substâncias muito ativas e, por vezes, tóxicas, que não seriam toleradas pelo organismo, poderão ser transportadas por elas. Grandes doses de medicamento poderão ser substituídas por pequenas quantidades, dirigidas magneticamente, mais um dos pontos altos da futura nova tecnologia. Administrados por processos clássicos, muitos medicamentos ficam circulando livremente pelo sangue, não atingindo, senão parcialmente, o núcleo do problema. Mais vantagens ainda? Sim! As substâncias aprisionadas na esfera não sofrem alteração quando de seu transporte, não vindo assim a prejudicar, no seu percurso, órgãos sensíveis como a medula óssea. Tal técnica poderá vir a substituir as tradicionais radioterapias, que difundem radiações através do corpo. Mas, nem tudo ainda é perfeito: é necessário estudar bem sua toxicidade e os efeitos secundários que poderá engendrar. As esferas podem ser constituídas de diferentes materiais biodegradáveis, como a albumina ou a gelatina, ou inertes para o organismo, como o vidro. Entretanto, um novo desafio se apresenta: conseguir fabricar, de modo uniforme, microesferas tão pequenas que não venha a obstruir os vasos sangüíneos. A toxicidade das nanopartículas magnetizadas, à base de ferro, que é preciso integrar a essas microesferas, precisa ser severamente avaliada, embora as pesquisas sobre as micropartículas imantadas estejam, ainda, nos primeiros estágios. Foram realizados testes com tumores no fígado e no cérebro, e os resultados observados parecem promissores. University of British Columbia, January 10, 2005 (Tradução/Texto - MIA). Veja mais: |
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