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Geração de nêutrons com aparelho de bolso ...

Os atuais geradores de nêutrons precisam ser alimentados com alta tensão, mas, as coisas estão mudando, graças a pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Ângeles (EUA), liderados por Brian Naranjo, que acabam de provocar uma revolução na área.

Financiados pelos Programas de Pesquisa Avançada em Defesa (DARPA), o grupo desenvolveu um sistema que combina dois fenômenos bastante conhecidos: o efeito piroelétrico e a ionização de campo. Tal sistema se apresenta sob a forma de uma câmara de vácuo contendo gás deutério (D2) à baixíssima pressão (0,7 Pascals).

No interior da câmara se encontram, de um lado, um cristal piroelétrico de um centímetro de espessura, munido de pequeno eletrodo de tungstênio, e, do outro, uma placa de Deutereto de Érbio (ErD3).

Quando o cristal é aquecido (a uma taxa de 12,4 °C por minuto), muda espontaneamente a polarização. O campo ao redor do eletrodo de tungstênio se eleva a um valor próximo de 25 gigavolts por metro, suficiente para fazer funcionar a ionização, via campo, do gás deutério.

Os íons carregados positivamente, assim produzidos, (os "dêutons"), são acelerados e vão colidir com a placa de Deutereto de Érbio alvo. A reação nuclear dêuton-deutério dá origem, assim, a um feixe de nêutrons de 2,5 MeV. Graças a essa técnica de fusão, os pesquisadores obtiveram uma produção de 1000 nêutrons por segundo, durante alguns minutos (tempo para o cristal mudar de temperatura).

Esses resultados, publicados na revista Nature, são ainda fracos para concorrer com aqueles dos geradores existentes, mas a equipe pensa melhorá-los, substituindo o deutério alvo pelo trítio - isótopo ainda mais pesado que o deutério -, que permite produzir até 250 vezes mais nêutrons.

Entretanto, mesmo em sua versão atual - admiravelmente simples e barata -, o sistema poderá encontrar aplicações no laboratório e no ensino. Posteriormente, poder-se-á pensar até mesmo em aplicações em equipamentos médicos (graças ao pequeno tamanho do dispositivo), em propulsão espacial ou scanners.

New York Times, April 28, 2005 (Tradução - MIA).

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