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Ranking dos países que participam da corrida das nanotecnologias.

Num futuro próximo, as nanotecnologias terão uma influência considerável sobre a economia mundial, uma vez que, segundo os experts, poderão representar um mercado de 2.600 bilhões de dólares, em 2.014, sustentado pela criação de 10 milhões de empregos. O mercado e o desenvolvimento nesse setor constituem, dessa forma, uma atividade estratégica importante para os países desenvolvidos, sendo interessante saber como se classificam os diferentes protagonistas dessa corrida rumo à inovação.

Um artigo, que acaba de ser publicado na revista "Nature Nanotechnology" (novembro 2006), oferece um certo número de elementos de comparação, baseado na avaliação do número de publicações científicas por país, no número de patentes depositadas e, enfim, na análise dos financiamentos destinados à pesquisa.




Capa da revista Nature Nanotechnology, de novembro de 2006.

Créditos: Nature



O número de publicações é um meio usado para avaliar a atividade científica de cada país, mesmo que tal número seja global e sujeito a discussão. É sem grande surpresa que se encontra os Estados Unidos na primeira fila dessa classificação, com mais de 18.000 artigos relacionados às nanotecnologias, durante o período 1999-2004. Os seguintes, no ranking, estão bastante distantes: o Japão, com 8.000 publicações, seguido da China e da Alemanha com aproximadamente 7.000 publicações. A França figura na 6ª. posição, com um total de mais de 4.000 publicações. A produção européia ultrapassa um pouco mais de 20.000 artigos, situando-se, portanto, à frente dos Estados Unidos.

Um outro critério de apreciação é o impacto dessas publicações, medidas pelo número de vezes em que são citadas. Segundo este critério, a classificação é bastante diferente, figurando a Suíça e os Países-Baixos em primeiro lugar e ficando o Canadá em 4º lugar, logo atrás dos Estados Unidos. Nessa classificação, a França figura junto com o Japão, ocupando o nono lugar.

As patentes refletem a capacidade dos laboratórios e das empresas de explorar seus resultados científicos em produtos e aplicações comerciais. O número de patentes depositadas mundialmente na área das nanotecnologias passou de aproximadamente 1.000, em 1995, a 2.500, em 2003, ou seja, um crescimento médio (14% ao ano) bem mais moderado que aquele do número de publicações, com mais da metade das patentes oriundas de dois principais setores, a nanoeletrônica (30%) e os nanomateriais (25%). As outras contribuições referem-se à nano-óptica e aos nanodispositivos (14% cada), as nanobiotecnologias (11%) e o nanomagnetismo (7%).

Com a metade das patentes depositadas no mundo, a América do Norte (EUA e Canadá) ocupa o primeiro lugar, a parte européia não tendo jamais ultrapassado os 20%. Se analisada a situação por país, os Estados Unidos dominam grandemente, seguidos pelo Japão, Alemanha, Reino-Unido, França e Canadá. É preciso sublinhar, entretanto, que a França se encontra na 3ª. classificação mundial, atrás dos Estados Unidos e Alemanha, no que concerne às patentes relativas às nanobiotecnologias.

Em 2004, o orçamento global da pesquisa em nanotecnologia estava próximo de 3,7 bilhões de dólares, para os Estados Unidos; 2,5 bilhões de dólares, para o Japão; 2,4 bilhões de dólares para a Europa e 1 bilhão de dólares para o resto do mundo.

Entretanto, esses números globais não dão bem conta das políticas que são conduzidas pelos diferentes países, sendo interessante observar os fundos emanados do setor público e aqueles do setor privado. Dessa forma, percebe-se que, em 2004, os investimentos públicos na Europa (Comunidade Européia mais financiamento dos estados) atingiram os 1,6 bilhões de dólares e, portanto, ultrapassaram os Estados Unidos (1,5 bilhões de dólares), enquanto no Japão eles representam por volta de 1 bilhão de dólares.

A boa posição ocupada pela Europa deve ser atribuída aos esforços da Comunidade Européia, cujo orçamento dedicado às nanotecnologias não cessa de aumentar: ele será de 670 milhões de dólares em 2.006, comparados aos 610 milhões de dólares em 2004.

O quadro é efetivamente bem diferente quando há interesse de investimentos privados: sua parte representa até 60% do orçamento americano (perto de 2 bilhões de dólares), 70% do orçamento japonês e somente 30% do orçamento total europeu. O investimento privado para as nanotecnologias é, assim, muito menor na Europa que nos Estados Unidos, o que, em longo prazo, pode vir a trazer problemas para a presença européia em partes do mercado.

Nature Nanotech, 1 (81-83) 2006 (Tradução - MIA).


Nota do Managing Editor: a ilustração apresentada aqui não figura na matéria original e foi obtida em http://www.nature.com/nnano/.


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