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Nanopartículas de ouro conseguem "entregar" medicamentos no interior das células.

Primeira mão! Um grupo de pesquisadores criou nanopartículas capazes de entregar substâncias ativas diretamente no interior de células, sem perfurar a membrana das mesmas. Além dessas aplicações terapêuticas, esse avanço deverá auxiliar na compreensão do funcionamento das membranas celulares.

É novamente Francesco Stellacci, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA, que está à testa dos trabalhos, com seus colegas do MIT. A descoberta foi publicada na revista Nature Materials. Tratam-se de nanopartículas de ouro, cuja superfície foi recoberta por grupos de moléculas diferentes. Para ser mais preciso, tratam-se - como nos trabalhos anteriores de Stellacci -, de dois tipos de moléculas diferentes, alternadas em grupos paralelos.

Já em 2004, os pesquisadores haviam notado que tais nanopartículas interagiam de modo espetacular com proteínas. Suspeitaram, então, de que algo de novo poderia resultar na presença de células. Hoje, embora ainda não compreendam o mecanismo, constataram que essas nanopartículas poderiam penetrar nas células, sem "rasgar" sua membrana, o que seria fatal para elas.

Curiosamente, as nanopartículas não podem penetrar quando da presença destes grupos paralelos. Quando as mesmas moléculas recobrem de modo aleatório a superfície das nanopartículas de ouro, a penetração não é possível sem danificar a parede celular. Poderia ser, por conseguinte, que se estivesse em presença de estruturas que imitam os "códigos de acesso" de certas moléculas, como os peptídeos, que podem, eles mesmos, penetrar nas células sem fazer estragos. Os próprios pesquisadores, graças a esses novos "objetos", têm, portanto, esperança de fazer descobertas interessantes.


Uma entrada "suave" nas células

Neste momento os pesquisadores se "divertem" tentando fazer penetrar nas células nanopartículas que possuem substâncias fluorescentes, o que permite facilitar a obtenção de imagens desses sistemas biológicos. Pode-se imaginar, entretanto, que eles não ficarão por aí, pois o potencial para aplicações em terapia genética é evidente.

De fato, normalmente, quando a membrana de uma célula é confrontada com um objeto que considera estranho, ela circunda ao redor dele para formar um vacúolo que, em seguida, vai excretar. Assim, uma nanopartícula portadora de medicamentos ou de genes a serem inseridos na seqüência do DNA de uma célula não chegará a penetrar no fluido interno da célula, o citosol, a menos que ela danifique seriamente esta, rasgando a membrana, o que não é o que se deseja.

Penetrando de algum modo, suavemente, nas células, pelas vias naturais, essas nanopartículas poderão levar moléculas de interesse terapêutico.




No plano posterior, em vermelho, células tendo absorvido nanopartículas portadoras de substâncias fluorescentes.

Crédito: Francesco Stellacci, Darrel Irvine (MIT)



Futura-Sciences, consultado em 18 de junho, 2008 (Tradução - MIA).


Nota do Scientific Editor: a publicação que deu origem a esta notícia foi veiculada sob o título "Surface-structure-regulated cell-membrane penetration by monolayer-protected nanoparticles", de autoria de A. Verma, O. Uzun, Y. Hu, Y Hu, H. -Sun Han, N. Watson, S. Chen, D. J. Irvin and F. Stellacci, na revista Nature Materials, 7, págs. 588-595, de 2008.


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