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Gás de efeito estufa : recorde de concentrações em 2011.

Com base em uma rede de controle da atmosfera, da qual participam 50 países, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) acaba de publicar seu boletim anual sobre os gases de efeito estufa. Seu objetivo não é avaliar as emissões registradas (das quais a metade seria, no caso do CO2, capturada por poços, como os oceanos), mas as concentrações de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso medidas na atmosfera. Os números são importantes porque estes gases são na maior parte responsáveis pelo aquecimento climático que afeta nosso planeta.

No geral, o forçamento radiativo total (perturbação no balanço entre as radiações solar incidente e infravermelho emergente), induzido pelos gases de efeito estufa presentes na atmosfera se elevou em 2011 a 473 partes por milhão (ppm) em equivalente CO2, o que representaria um aumento de 30% em relação a 1990. Note-se que a quantidade de carbono liberada no ar desde a época pré-industrial (1750) foi estimada em 375 bilhões de toneladas. Vamos rever abaixo as medidas em 2011 para cada um dos três principais gases persistentes.



Forçamento radiativo da atmosfera, em relação a 1750, devido aos gases de efeito estufa persistentes e valor atualizado para 2011 do índice anual de acumulação de gases de efeito estufa (AGGI, Annual Greenhouse Gaz Index) da NOAA.

Créditos: OMM 2012.


Alta generalizada de gases de efeito estufa

O desmatamento nas regiões tropicais ou o consumo de combustíveis fósseis participam ativamente da liberação maciça de CO2 na atmosfera, mas não são as únicas atividades humanas envolvidas. Em 2011, o teor de dióxido de carbono no ar atingiu um valor de 390,9 ppm, o que representa um crescimento de 40% em relação ao período pré-industrial (280 ppm). O aumento foi, em média, de 2 ppm/ano durante a última década.

O teor de metano (CH4) da atmosfera atingiu um pico de 1.813 partes por bilhão (ppb) em 2011, seja 259% a mais em relação ao período pré-industrial. Cerca de 40% deste gás seriam de origem natural, porque emitido por zonas úmidas ou térmitas (cupins), para citar apenas dois exemplos. Os 60% restantes são atribuídos a várias práticas humanas como criação de gado, cultura de arroz ou os aterros sanitários.

A atmosfera continha também 324,4 ppb de óxido nitroso (N2O) em 2011, seja 1 ppb a mais que o ano precedente. Em relação ao período pré-industrial, isto representa ainda um aumento de 120%. No entanto, apenas 40% das emissões são de origem humana (fertilizantes, combustão da biomassa, etc.). Uma frase do comunicado de imprensa, no entanto, é preocupante: "No horizonte de 100 anos, o impacto do óxido nitroso sobre o clima será 298 vezes maior do que aquele do dióxido de carbono, para emissões iguais."

Assim, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera atingiu, segundo a OMM, novos recordes em 2011.

Futura Sciences (Tradução - MIA).


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