Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Nanopartículas encontradas no cérebro humano podem causar Alzheimer.

Foram encontradas partículas minúsculas no cérebro humano, que se pensa serem resultantes da poluição atmosférica, e que poderão contribuir para o desenvolvimento de doenças neuro degenerativas como o Alzheimer, de acordo com uma investigação.

Os autores deste estudo, recentemente publicado na revista norte americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), afirmaram que os resultados sugerem que “as nano partículas de magnetita presentes no ambiente podem penetrar no cérebro humano, onde podem representar um risco para a saúde”.

Contudo, cientistas externos ao estudo já alertam para o facto de ainda ser muito precoce estabelecer uma relação de causa e efeito com a doença de Alzheimer.



Nanopartículas e Alzheimer ?

Créditos: Jornal Médico


Devido ao seu tamanho, na ordem da milionésima parte do metro, as nano partículas podem atravessar as barreiras fisiológicas e entrar nos pulmões e no sangue.

A mesma investigação, desenvolvida por investigadores no Reino Unido, México e Estados Unidos da América (EUA), as nano partículas inspiradas pelo nariz podem mesmo chegar ao centro do cérebro através do nervo olfativo. As partículas de magnetita, um óxido de ferro muito magnético, podem-se formar naturalmente no cérebro, recordam os cientistas.

Mas as características das partículas observadas no córtex frontal de 37 pessoas (de forma esférica, tamanho muito pequeno de menos de 150 nanómetros, superfície lisa) sugerem que se formaram a muito altas temperaturas, por isso não no interior do corpo humano.

“Estas partículas parecem-se com as nano esferas de magnetita que encontramos frequentemente nas partículas em suspensão no ar em meio urbano”, resultantes da queima de combustível, avançam os investigadores, lembrando que a magnetita está associada ao aparecimento no cérebro de substâncias químicas associadas ao desenvolvimento de doenças neuro degenerativas como o Alzheimer.

O estudo recorda ainda que trabalhos anteriores, de 2003 e 2008, demonstraram “uma correlação entre a quantidade de magnetita no cérebro e a frequência da doença de Alzheimer”.

“Não sabemos o suficiente para estabelecer se esta fonte externa de magnetita provocada pela poluição do ar pode ser um fator desta doença”, afirmou a investigadora Joanna Collingwood, da Universidade de Warwick.

“Não penso que possamos dizer neste momento se isso causa a doença de Alzheimer, mas é uma fonte de preocupação porque as partículas de magnetita têm sido associadas a outros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares e pulmonares”, sublinhou Peter Dobson, do King’s College de Londres.

Jornal do Médico (Portugal).


Nota do Scientific Editor: O artigo que deu origem a esta notícia de título: "Magnetite pollution nanoparticles in the human brain" , de autoria de Barbara A. Maher, Imad A. M. Ahmed, Vassil Karloukovski, Donald A. MacLaren, Penelope G. Foulds, David Allsop, David M. A. Mann, Ricardo Torres-Jardón and Lilian Calderon-Garciduenas, foi publicado online na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), em setembro de 2016.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco