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NOVIDADES
Os setores escolhidos incluem temas onde já existem trabalhos em andamento, mas que há previsão para ampliar a cooperação. Eles são: pesquisa marinha; bioeconomia e agricultura; biocombustíveis; nanotecnologia; saúde; tecnologias aeroespaciais e de aviação; tecnologia da informação e comunicação (TIC); urbanização sustentável; infraestrutura para pesquisas; e desenvolvimento de sistemas regionais de inovação. União Europeia e Brasil: novos caminhos na cooperação Créditos: Agência Gestão CT&I
Na área de bioeconomia e agricultura, a UE e o Brasil pretendem dar continuidade a cooperações já estabelecidas pelo programa Diálogos Setoriais. Entre elas, encontrar métodos alternativos ao uso de animais em experiências, criar plataformas de agroecologia, e alavancar mecanismos de financiamento para apoiar uma infraestrutura que facilite a cooperação em ciência e tecnologia (C&T). Durante o Fórum Internacional de Bioeconomia, que o País faz parte, já serão discutidas ações a serem implementadas para o setor ainda em 2016. Em biocombustíveis, o trabalho conjunto vai basear-se no modelo brasileiro de etanol extraído da cana-de-açúcar. A expectativa é que o Brasil, nos próximos anos, seja um parceiro importante no contexto da Missão Inovação - iniciativa global para acelerar a inovação em energia limpa nos setores público e privado, para enfrentar as mudanças climáticas. Na nanotecnologia é esperada a participação brasileira efetiva na NanoReg, projeto europeu de regulação internacional do setor. Em 2015, a entrada do Brasil foi oficializada com a assinatura de acordo de cooperação. No futuro, pretende-se estender esta cooperação para outras áreas de nanotecnologia. Contudo, a regulamentação destas atividades ainda está em discussão no País. Na área da saúde, dada a gravidade do surto de Zika vírus no Brasil e os riscos associados a sua propagação na região e no mundo, os cientistas brasileiros participarão de projetos financiados pela UE. O objetivo é criar uma rede de pesquisa em toda a América Latina para facilitar, coordenar e implementar uma investigação urgente para combater o vírus. Uma chamada foi dedicada exclusivamente ao tema, publicada em março deste ano, pelo Horizonte 2020 - iniciativa da União Europeia para financiar projetos de pesquisa e inovação até 2020. Outra ação a ser trabalhada é ampliar a cooperação bilateral em tecnologias aeroespaciais e de aviação de alta velocidade. O Brasil já é um parceiro em projetos da UE nesse setor, inclusive como fornecedor de materiais utilizados em estágios de lançamento de foguete e participação em projetos de combustíveis alternativos para aviação. As tecnologias da informação e comunicação são outro setor de cooperação importante entre o Brasil e a União Europeia. Três chamadas coordenadas já foram financiadas conjuntamente com a UE até agora em TICs, com a previsão de uma quarta ser lançada em dezembro. O próximo edital terá como foco projetos voltados à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), internet 5G e computação em nuvem. Já no campo das infraestruturas de pesquisa, a cooperação com o Brasil está prevista na biodiversidade e no ciclo do carbono, particularmente com o projeto europeu Lifewatch que partilha informações entre instituições europeias de pesquisa que se dedicam à investigação da biodiversidade. Nesse aspecto, o cabo submarino de fibra óptica que permitirá a conexão direta de dados entre Brasil e Europa poderá ter um impacto relevante na iniciativa. A nova lista de prioridades ainda inclui o desenvolvimento de sistemas regionais de inovação para estimular atividades socioeconômicas de cidades e municípios brasileiros e europeus. A região Nordeste do Brasil, em particular Pernambuco, foi a escolhida para ser analisada¬¬ conjuntamente pela Comissão Europeia e o governo brasileiro. Essa experiência de cooperação oferece condições para adaptar o projeto piloto “European Smart Specialisation Strategy” ao contexto brasileiro. Agência Gestão CT&I. |
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