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Brasil ganha centro para produção de insumos e medicamentos biológicos.

O empreendimento permitirá a incorporação de tecnologias inéditas no Brasil, ampliando assim a capacitação e a produção de insumos estratégicos do País. Ao todo, foram investidos R$ 478 milhões na sua construção.

O espaço, chamado de Centro Henrique Penna - Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico, terá capacidade de produzir 20 milhões de testagens ao ano. Atualmente, a capacidade da Fiocruz é de 8 milhões de testes por ano. O centro também proporcionará a prestação de serviços tecnológicos para outros laboratórios, públicos e privados.



Insumos e medicamentos biológicos.

Créditos: MS


Além de aumentar a capacidade de produção de medicamentos biológicos e diagnósticos, o centro abrigará a maior planta de protótipos da América Latina, preenchendo uma lacuna na cadeia de inovação tecnológica do Brasil. A Planta Piloto é uma infraestrutura laboratorial para uso de cientistas e pesquisadores, com equipamentos para o desenvolvimento de novos produtos como, por exemplo, vacinas e medicamentos biológicos.

Entre os medicamentos que serão produzidos no centro, está o Alfaepoetina, usado no tratamento de anemia em portadores de insuficiência renal crônica; em pacientes com Aids submetidos ao tratamento com zidovudina (AZT) e em pacientes com câncer em tratamento quimioterápico.

Posteriormente, também serão produzidos biofármacos que fazem parte da carteira de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) de Bio-Manguinhos, como a Filgrastima (usada para tratar efeitos colaterais aos pacientes de câncer) e a Somatropina (para tratar deficiência do crescimento).

“A transferência de tecnologia para o Brasil daqueles medicamentos que são os mais demandados e os mais caros, representam, de início, 30% de economia. O laboratório transferidor de tecnologia vende 30% mais barato para o Brasil e depois, a cada ano, reduz em 5% o valor deste medicamento. Portanto, se compramos medicamentos biológicos R$ 8 bilhões por ano, a economia é de, no mínimo, 30% sobre esses valores, o que significa mais de R$ 2 bilhões”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Entre os insumos que poderão ser produzidos no centro, estão os reativos para o teste sorológico para Zika e para o Kit Molecular ZDC (que permite diferenciar os diagnósticos de Zika, dengue e chikungunya) – ambos desenvolvidos pela Fiocruz. O Kit Molecular ZDC ainda aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outro teste previsto para produção é o Kit NAT para detecção do vírus HIV, hepatite A e hepatite B em bolsas de sangue destinadas à transfusão em todo o País.

Agência Gestão CT&I/ABIPTI.


Nota do Managing Editor - A ilustração apresentada não consta da matéria original e foi adicionada pela Editoria do Boletim.


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