Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Blanver revê negócio e vai exportar remédios para Aids.

Um dos maiores fabricantes de excipientes para medicamentos em todo o mundo, o laboratório brasileiro Blanver está deixando esse negócio para se concentrar na produção de medicamentos e de princípios ativos (IFA, ou insumo farmacêutico ativo). Ao mesmo tempo, a empresa pretende aproveitar a experiência em comércio exterior adquirida com os excipientes e tornar-se exportadora de medicamentos para tratamento da Aids.

"A internacionalização dilui riscos e aumenta a massa crítica em medicamentos, com maior volume", diz o principal executivo do laboratório, Sérgio Frangioni. No caso específico da Blanver, a redução de risco está relacionada à diminuição da dependência em relação ao Ministério da Saúde, que é o grande comprador de seus medicamentos genéricos usados no tratamento do HIV. "Cada vez mais, o governo comprará dos laboratórios oficiais", explica.



Medicamentos para tratamento da Aids.

Créditos: Protec


Hoje, a Blanver produz drogas para o tratamento do HIV - Tenofovir e 2 em 1 (Tenofovir + Lamivudina) - que são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) com o Ministério da Saúde e laboratórios oficiais. Acordos dessa natureza, porém, preveem transferência de tecnologia para os laboratórios públicos. "Tem prazo de validade vender para o governo", reitera.

Após analisar esse cenário de longo prazo, a Blanver definiu seu processo de transformação há cerca de dois anos. A estratégia começou a se consolidar em janeiro do ano passado, com a aquisição da CYG Biotech, que produz princípios ativos em Indaiatuba (SP). Mais recentemente, em junho, a Blanver acertou a venda de sua divisão de excipientes, a Itacel, para a francesa Roquette, que também produz ingredientes funcionais alimentícios. O valor das operações não foi divulgado, por acordo de confidencialidade.


Laboratório vendeu negócio de excipientes para se concentrar na produção de princípios ativos e medicamentos

Segundo Frangioni, a Blanver alcançou participação de 15% no mercado mundial de excipientes e, para manter-se entre os maiores, teria de investir cerca de US$ 100 milhões em ampliação da capacidade instalada - a taxa de ocupação já havia chegado a 95%. A decisão, porém, foi voltar-se ao mercado de medicamentos e farmoquímicos (princípios ativos) e abandonar o mercado de excipientes, que são considerados commodities. Enquanto o quilo de excipiente vale algo em torno de US$ 3,50 a US$ 4, o quilo de determinados insumos farmacêuticos gira em torno de US$ 600 a US$ 800.

No ano passado, o laboratório teve receita líquida de R$ 333,2 milhões, com alta de 7,3%. Desse total, 49% foi gerado pela área de medicamentos e 51%, em excipientes. Já em 2018, afirma Frangioni, a área de farmoquímica (insumos) deverá exibir o mesmo faturamento que a empresa obtinha com o negócio de excipientes.

A fábrica de insumos de Indaiatuba receberá investimentos para atender à demanda da unidade de medicamentos da Blanver, em Taboão da Serra (SP). "A produção própria de insumos estratégicos é fundamental para ganho de escala e menor dependência de fatores externos", diz o executivo. Em três ou quatro anos, a meta é alcançar exportações de remédios da ordem de US$ 50 milhões.

O alvo inicial na estratégia de internacionalização da Blanver é a América do Sul, uma vez que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é reconhecida em muitos países da região. Em paralelo, o laboratório vai se preparar para entrar em países europeus, mediante o aval da agência europeia de medicamentos, Emea.

Até o fim deste ano, os pedidos junto à autoridade europeia, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à agência canadense deverão ter sido protocolados. Em 2018, a Blanver buscará a permissão da agência americana Food and Drug Administration (FDA).

Valor Econômico/Protec. Posted: 19 jul, 2017.



<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco