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NOVIDADES
Pesquisadores do Instituto de Biologia (IB) e do Instituto de Química (IQ) da Unicamp desenvolveram um nanofármaco capaz de auxiliar no tratamento do câncer de próstata e no câncer de bexiga urinária. A tecnologia, testada em animais e considerada promissora na redução de tumores, estimula a produção de proteínas, de células de defesa e de citocinas, favorecendo, assim, a destruição de tumores malignos. Pesquisadores e professores da Unicamp responsáveis pelos estudos e o desenvolvimento: Wagner Fávaro (à esquerda) e Nelson Duran. Créditos: Correio Popular (Campinas)
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para este ano de 2017 é que o Brasil totalize 61,2 mil casos diagnosticados de câncer de próstata, sendo que o número para o Estado de São Paulo é considerado o maior. Já segundo dados do American Cancer Society, um em cada sete homens são diagnosticados com a doença ao longo da vida em todo o mundo. Segundo tipo mais frequente nos homens, atrás somente do câncer de pulmão, o câncer de próstata ocorre principalmente nos mais velhos, sendo que cerca de seis em cada 10 casos são em homens com mais de 65 anos, e raramente acontece antes dos 40 anos. A média de idade no momento do diagnóstico é de 66 anos. Apesar de ser considerada uma doença grave, a maioria dos homens diagnosticados não morre por causa dela, apenas um em cada 39. Já sobre o câncer de bexiga, o Inca estima que entre o ano passado e o fim deste ano, sejam diagnosticados 9.670 novos casos no Brasil (7.200 em homens e 2.470 em mulheres). Os números correspondem a um risco estimado de 7.62 casos novos a cada 100 mil homens e 2,39 a cada 100 mil mulheres. As principais vítimas são as pessoas mais velhas, com idade superior a 55 anos. Os homens possuem de três a quatro vezes mais chances de desenvolverem o câncer de bexiga (um homem em 26) do que as mulheres (uma em 88 outras). Ainda que tenha apresentado resultados extremamente eficientes, a tecnologia não pode ser comercializada, porque, para isso, é necessário que sejam realizados testes clínicos em humanos, uma empresa efetue seu licenciamento e ter sua utilização autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, a tecnologia, que tem a marca registrada OncoTherad, está em fase adiantada de desenvolvimento. Embora ainda não realizados, os estudos em humanos devem começar após liberação do Comitê de Ética da universidade. Diretora de Parcerias da Agência de Inovação da Unicamp, Iara Ferreira acredita que a fase mais complicada já foi superada. “O processo de maior risco foi ultrapassado pela equipe dos pesquisadores da Unicamp. Além do mais, a tecnologia está protegida por pedido de patente no Brasil e no Exterior, ampliando a possibilidade de exploração do produto em outros mercados pela empresa interessada”, explicou a diretora da Unicamp. Entre os outros pontos positivos apresentados pelo fármaco, estão: a alta reprodutibilidade, o baixo custo para sua obtenção e a possibilidade de ser utilizado tanto para o tratamento em animais, quanto em humanos. By Alison Negrinho, Correio Popular (Campinas). Posted: Dez 08, 2018. |
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