Verdadeira proeza foi a realizada por químicos da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA): construíram um nanoelevador! Isso mesmo. Trata-se de uma plataforma molecular rígida, sustentada por 3 "pés". Seu tamanho? É inimaginável: 1.000 vezes inferior ao do cabelo humano, tendo um diâmetro de 3,5 nanômetros e uma altura de 2,5 nanômetros.

Os pés são constituídos por moléculas que podem adotar duas posições, sendo que a passagem de uma à outra permite o movimento do conjunto. A transição é feita graças a uma reação ácido-base. A perda de próton (H⁺) fragiliza a estrutura de sustentação, que adota, então, uma outra configuração - descendente. Para restaurar a ligação de hidrogênio, basta que, a seguir, se adicione ácido à solução, o que fará com que o conjunto ascenda.

Realizada uma dezena de vezes pelos pesquisadores, a operação reproduziu-se sem apresentar qualquer problema. Mas, buscando sempre a perfeição, a equipe pensa melhorar ainda mais o sistema, pela substituição da reação ácido-base pela corrente elétrica ou mesmo o uso da luz. Espera, assim, desenvolver uma máquina molecular capaz de desempenhar o papel de uma válvula e de "ministrar" medicamentos diretamente na célula. O que poderá parecer um exercício de futurologia é hoje uma possibilidade da nanotecnologia.

New York Times, March 23, 2004. ( Tradução/Texto - MIA)

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