A crise é uma excelente oportunidade, também, para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) aplicar com firmeza a nova cláusula do edital de Subvenção Econômica de 2009 que trata da análise da viabilidade técnica e econômica da proposta de inovação no prazo de três anos. Como a financiadora só garante recursos para o projeto durante 36 meses, e nos editais passados poderia haver a aprovação de propostas em estágio incipiente, a falta de continuidade no desenvolvimento destes projetos resultaria em desperdício dos recursos. Com a aplicação adequada da nova cláusula, as melhorias em produtos e processos terão que estar prontas para o mercado em, no máximo, três anos. Garantindo o investimento em inovações viáveis, a cláusula também contribui para o crescimento acelerado do setor produtivo industrial e a redução da crise, ao mesmo tempo em que realimenta um ciclo virtuoso.

Em vez de lamentar e reduzir investimentos, o Congresso deveria perceber que o suporte imediato ao desenvolvimento tecnológico objetivo nas empresas é a melhor forma de aproveitar a crise para elevar a competitividade do País. Por que não redirecionar a verba cortada para a realização de um edital de subvenção à inovação para as pequenas e médias indústrias, que estão competindo com dificuldades para preservar sua parcela nos mercados nacional e mundial?

Protec Pró-Inovação Tecnológica (www.protec.org.br), 27 de janeiro, 2009.

Nota do Managing Editor: matéria de autoria de Roberto Nicolsky, foi primeiramente veiculada pelo Boletim Eletrônico do Protec. A ilustração que figura na notícia não consta da matéria original e foi obtida em www.google.com.