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Nanopartículas "envolvem" molécula com potencial anticancerígeno.

Protegida no interior de uma nanopartícula, uma molécula que ataca os tumores, a TNP-470, pode ser transmitida por via oral, resiste aos sucos gástricos, atravessa a parede intestinal, mas não penetra no cérebro. A Lodamina, seu nome de batismo, poderá tornar-se um medicamento interessante na prevenção ou tratamento de cânceres.

A equipe do laboratório de Judah Folkman, no Childrens Hospital, de Boston (EUA), acaba de finalizar os testes clínicos das fases I e II de um medicamento anticancerígeno aparentemente promissor, a Lodamina. Esse produto inibe o crescimento dos vasos sanguíneos no interior de um tumor, seja: a angiogênese. A idéia de se atacar a vascularização das células cancerosas para destruí-las foi proposta nos anos 1970, exatamente por Judah Folkman, morto acidentalmente em janeiro de 2008. Atualmente, essa via é explorada por um grande número de laboratórios no mundo.

Há 20 anos, Judah Folkman tinha isolado uma molécula que inibia eficientemente a angiogênese de tumores, descobrindo casualmente o efeito de um bolor sobre culturas de células. Essa TNP-470 se mostrou capaz de atacar uma grande variedade de cânceres, inclusive formas metastásicas. Mas as pesquisas foram abandonadas após os primeiros testes clínicos, nos anos 1990, porque esse agente se revelara neurotóxico. A equipe de Judah Folkman, entretanto, retomou os trabalhos sobre essa molécula, há alguns anos, mas recorrendo a uma técnica recente: o transporte por uma nanopartícula. A idéia de se servir desse tipo de veículo para conduzir uma substância ativa ao local desejado não é nova. Várias pesquisas recentes mostraram o interesse em nanopartículas para aplicações médicas.


Proteção do fígado

Esse desenvolvimento feito pela equipe do Children's Hospital "adora" a água) e outra hidrófoba, e se agregam formando a chamada micela. Os pesquisadores conseguiram inserir aí a molécula TNP-470.

Assim protegida em sua "casca", permanece intacta no meio ácido do estômago e atravessa sem obstáculo a parede intestinal. A Lodamina pode, portanto, ser administrada por via oral. Mas a dimensão da micela que a transporta a impede de, a seguir, ultrapassar a barreira hematoencefálica, esse fino envelope que circunda o cérebro para, exatamente, evitar que aí se propaguem moléculas neurotóxicas.

Os testes realizados em ratos, cujos resultados acabam de ser publicados na revista Nature Biotechnology mostram, efetivamente, ao mesmo tempo uma ausência de toxicidade e uma eficácia similar àquela da TNP-470. As micelas difundem-se no sangue e se concentram particularmente no fígado. As microesferas acabam por se desagregar e liberam a molécula ativa, que parece, assim, prevenir a formação de metástases hepáticas.





Molécula de TNP-470 (no centro) cercada de polímeros agregados em volta dela (em verde e amarelo) para formar uma micela esférica.

Crédito: Kristin Johnson


Os testes vão ter prosseguimento e dirão se a Lodamina poderá efetivamente se tornar um tratamento para a prevenção de metástases ou para o tratamento de um tumor.

Futura-Science, 04 de julho, 2008 (Tradução - MIA).


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